segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MINHA JANELA











Sempre idealizei uma janela panorâmica donde visse o mar. Essa janela nunca existiu na minha vida real a não ser em férias.
Contento-me com essa visão na minha imaginação. 
Como gosto muito de plantas e flores, decidi aproveitar o que a janela me oferece de melhor, ou seja a luz e o sol pelo que coloquei lá umas plantas.
Depois descobri que essas mesmas plantas me iriam oferecer flores coloridas  na época mais escura do ano, ou seja no inverno. Rejubilei pela descoberta, finalmente iria ter um toque de magia no meu inverno...
Aqui estão elas, lindas, com saúde e olhando para mim todos os dias, dando-me o colorido que me faltava em dias cinzentos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

TRISTEZA


Desde sempre fui atraída por um olhar triste. Nunca percebi porquê dado que não sou uma pessoa com essa característica, mas assim acontece talvez porque sinto que devo apoiar e ajudar essas pessoas.

No meu tempo de estudante e numa turma de aproximadamente 20 meninas (à época as turmas eram separadas por sexo, assim como os colégios) fui atraída por uma ruiva com sardas e óculos e com um sorriso lindo..mas triste. Ela tambem simpatizou comigo. 

Tornámo-nos muito amigas, saíamos juntas, passeávamos e sobretudo conversavamos muito.

Era uma jovem que, como eu, se interessava por vários assuntos assim nunca esgotávamos os temas. Uma amizade muito saudavel e construtiva.

Um dia, ela muito timidamente e mantendo o seu ar triste e amedrontado deriva a conversa para religião. 

Percebi nitidamente que queria dizer-me algo. Respondi pormenorizadamente que tinha sido educada na religião católica porque era a religião oficial em Portugal, tinha feito as várias comunhões, crisma, ia à missa ao domingo, etc. No entanto continuava insatisfeita à procura de um Deus que não era o que me impingiam. 


Já tinha sido budista, anglicana, adventista do 7º dia, mas nada, ainda não tinha encontrado a espiritualidade que tinha idealizado e que a minha alma pedia.

E assim fomos conversando...Ela nunca interrompeu. Quando fiz uma paragem e mantive-me em silêncio por uns minutos, a minha amiga disse-me a sussurrar:

- Eu sou judia.

Respondi:

- Qual é o problema? porque dizes isso em sussuro? É uma religião como qualquer outra..

Aí ela suspirou profundamente, emocionou-se, olhou para mim com um olhar feliz e sorriu...

Já se passaram muitos anos, não voltei à África do Sul e perdi-lhe o contacto, mas nunca mais me esqueci daquela menina judia que tinha um sorriso triste e lindo que por algum tempo foi só lindo!.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 

A MARTA

Numas férias em S. Tomé, conheci a Marta.

A Marta, uma menina de uns 6 anos, franzina, esfarrapada, com um aspecto sujo e mal tratado com o olhar mais triste que jamais vira na minha vida, que voluntáriamente se pôs ao meu lado quando subi até ao marco do Equador.

Como a subida é muito ingreme, íamos parando aqui e ali para apreciar a maravilha da flora e da paisagem. Nessas alturas bebia água de côco (arranjada pelo primo da Marta que nos acompanhava) para matar a sede e comía "maltesers", que levo sempre comigo para tirar a fome e dar energia, e que partilhava com a menina. 

Não tive oportunidade de falar com ela porque o primo estava sempre perto, como que a vigiá-la, mas tive muita pena. Gostava de saber o porquê de tanta tristeza numa pequenina de apenas 6 anos.


Quando voltámos abracei-a e dei-lhe uns trocados para comprar mais chocolates.

Aqui está a Marta a menina que não pude ajudar. Que triste fiquei!.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O INICIO

Seguindo o blog da minha amiga Olinda, li lá: "a minha dificuldade em me expôr". Não pude impedir um sorriso  com esta afirmação dela,  pois comigo passa-se exactamente a mesma coisa.

A Olinda começou a incentivar-me a escrever publicamente... e eu pensei e repensei o assunto mas, mesmo assim, ainda não conseguia até que... a mensagem do Livro da Luz - "Expõe-te"- foi o pontapé que eu precisava e...seja o que Deus quiser!.

Aqui estou por ser obediente e não questionar tudo o que ELE me pede. Será certamente o melhor para mim.

A" Luz-do Indico" é o início de mais um caminho que nunca antes tinha pensado trilhar.

domingo, 17 de julho de 2011

AMANHECER

A luz do Indico é a luz que tenho em mim desde criança quando o meu pai nos levava à praia e nos ensinava a nadar às 5,30H da manhã ainda o sol estava a nascer.


Daí que na minha memória e na minha alma ficou sempre esta luz violácea da aurora.

Poucas pessoas já viram o nascer do sol, privilégio dos madrugadores.

O nascer do sol é algo renovador...começar a sentir o calor e a luz a invadir-nos, devagar...como que uma carícia na pele e um tónico nas células.
Começar tudo a acordar, a vibrar com a onda de energia. Os braços erguem-se, a cabeça começa a levantar-se, e os olhos vão abrindo, tudo em ritmo muito lento.

Poderíamos agora cantar o Hino à Alegria!

Não sei se por hábito se pelo relógio biológico, a verdade é que ainda hoje me levanto cedo. Ficar na cama não é concerteza um dos meus prazeres.